quinta-feira, 2 de abril de 2009

As grades

E qual é a graça do jogo se a cada movimento você deve cantar pra onde sua peça vai se mover?
E se for pra regular minha existência por horários, regras, previsibilidade, rédeas sempre tão curtas quanto as mentes, eu prefiro simplesmente não existir.

E quando todas as tentativas de convencê-los de que eu não consigo ser feliz se estou enclausurada nesta cadeia imensa de ordens e regras falharem,
talvez eu tente me enquadrar.
E quando eu falhar na tentativa de mentir pra mim mesma,
talvez eu sangre.
E quando meu sangue desistir das minhas veias e todos entenderem que talvez fosse melhor perguntar "como vai você?" ao invés do velho conhecido "onde você estava?",
talvez eu finalmente deixe de existir.

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